mulher muito cansadaEntre 20 e 50 anos aproximadamente percebemos que algo falta em nossa memória. Quer seja, um objeto que guardamos e esquecemos, quer seja do rosto e nomes de pessoas. Ao aproximarmos dessa idade, percebemos dificuldades para recordar, raciocinar e entender situações novas, mas os mais velhos sempre ultrapassam os jovens em situações onde se usa a sabedoria.

Observa-se que as ligações entre os neurônios são reforçadas e fortes, mas a medida que envelhecemos essas regiões de comunicação entre os neurônios ou sinapses começam a falhar, afetando a capacidade de recuperar lembranças.

Sendo uma das principais preocupações da Neurociência, há várias teorias relacionadas ao envelhecimento e a memória, e, a mais aceita é que o problema deriva da perda de células numa pequena região da parte frontal do cérebro, levando a queda da acetilcolina (um neurotransmissor essencial para a memória e a aprendizagem).

Áreas como o hipocampo, a cada década, perdem 5% dos neurônios. E, em pessoas com 80 anos a perda pode chegar a 20%. Além disso, observa-se com o envelhecimento que a eficiência e o tamanho do cérebro tende a diminuir. Porém, os fatores apresentados fazem parte de uma lista de itens causadores dos problemas com a memoria como: problemas genéticos, venenos, bebidas, etc.

De má notícia, essas alterações afetam a capacidade de lembrar algo, mas por outro lado, os esquecimentos são uma forma do cérebro se defender.

É preciso ter calma, a perda de memória pode ser algo evitado. Para a maioria das pessoas de 70 anos, a memória geral ainda é forte. Em testes cognitivos, idosos conseguiram se sair tão bem quanto jovens de 20 anos, se mostrando melhores ainda com relação a inteligência verbal.

Muitos problemas de memória podem diminuir, principalmente quando os idosos são estimulados a novos desafios, exercícios físicos e testes para memória. As vezes esquecemos, com o envelhecimento, de estimular o cérebro a viver coisas diferentes.

Dormir faz bem!

Uma pesquisa divulgada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência revela que dormir mais ou menos uma hora e meia durante a tarde facilita na absorção de novas informações. Passando desse horário pode-se atrapalhar o sono noturno.

Os Cientistas da Universidade de Berkeley, na Califórnia, recrutaram, 39 jovens saudáveis. Tiveram que decorar nomes e rostos até meio-dia e após isso, uma parte do grupo foi dormir. Às 18h decoraram mais cem noves e rostos. Os jovens que cochilaram tiveram um desempenho 10% melhor do que os que ficaram acordados, onde o cansaço fez com que eles perdessem parte de sua capacidade de aprendizagem.

Além dos cochilos, uma pesquisa feita pela Escola Médica de Harvard, por um grupo de pesquisadores liderados por Jeffrey Ellenbogen comprova que o sono é essencial para a memória.

Eles comprovaram que o sono protege a memória declarativa (formada pelo armazenamento de episódios e informações obtidas através de leitura e estímulos visuais e sonoros) mesmo depois de interferirem no processo de memorização, utilizando um experimento semelhante ao do cochilo. E afirmam ainda que quando a memória é influenciada por novas associações, após uma vigília e 12 horas seguidas de sono a situação muda, pois a memória declarativa fica vulnerável a rupturas.